‘Estrelas Além do Tempo’ é uma grande lição de moral para brancos como Trump.
A matemática nasceu sem cor.
A ideia que salva vidas, também. O preconceito é totalmente burro, mas o instinto de sobrevivência, não.
Toda vez que um ser humano precisa de outro, o que menos importa para ele, é a ‘roupa’ que vestirá, a consciência do socorrista. Mesmo que ele não passe de um racista. Ele também pode pensar quando precisa. Paul Sampaio
ESTRELAS ALÉM DO TEMPO é a história incrível de Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monae) – brilhantes mulheres afro-americanas que trabalharam na NASA e foram os cérebros por trás de uma das maiores operações da História: o lançamento em órbita do astronauta John Glenn, uma conquista fantástica que restaurou a confiança do país, mudou a Corrida Espacial e galvanizou o mundo.
O trio visionário atravessou todas as barreiras de gênero e raça para inspirar gerações para sonhar grande.
Data de lançamento: 2 de fevereiro de 2017 (2h 07min)
Diretor: Ted Melfi
Roteiro: Alison Schroeder, Ted Melfi, Lori Lakin Hutcherson
Produtores: Donna Gigliotti, Peter Chernin, Jenno Topping, Pharrell Williams, Ted Melfi
Elenco: Taraji P. Henson, Octavia Spencer, Janelle Monáe, Kirsten Dunst, Jim Parsons, Mahershala Ali, Aldis Hodge, Glen Powell e Kevin Costner
Fonte: Adoro Cinema
Contexto: 1961. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NA

‘Estrelas além do tempo’ tem negras subvertendo universo racista e machista; G1 já viu
Filme com três indicações ao Oscar conta história real de matemáticas que trabalharam na Nasa, participando de missão espacial que resultou na chegada à Lua.
Fonte: G1
Escrava, faxineira, namorada (ou mãe) de traficante e criminosos em geral – eis as “ocupações” habituais de mulheres negras em produções de Hollywood (e não só de lá…).
O drama “Estrelas além do tempo”, que estreia nesta quinta-feira (2), enfrenta e subverte o clichê: as protagonistas são matemáticas afro-americanas que trabalharam na divisão aeronáutica dos Estados Unidos (o equivalente à Nasa nos anos 1950), participando da missão espacial que resultou na chegada à Lua.
Não é apenas um filme bom, com três indicações ao Oscar, que roubou de “Rogue One: Uma história Star Wars” a liderança na bilheteria americana e acaba de levar o prestigioso prêmio principal do Sindicado dos Atores. É um filme necessário – em termos sociais, políticos, científicos e históricos.
Faz justiça a três pessoas que mereciam fazia tempo o status de heroínas americanas na Guerra Fria. Os vilões não eram os soviéticos, mas os conterrâneos racistas e sexistas (ou seja…).
Trio carismático
Real, a história tem tanto de incrível quanto de obscura, então não se sinta mal se jamais ouviu falar dela – até o músico Pharrell Williams, que assina a produção, admitiu que desconhecia o caso. O título em inglês é, sintomaticamente, “Hidden figures”, figuras ocultas. Saiu tudo primeiro em livro lançado em 2016 por Margot Lee Shetterly.
Ali, a autora resgata do anonimato matemáticas que, em um período de carência de mão de obra na 2ª Guerra, foram contratadas para trabalhar como “computadores humanos” na divisão aeronáutica dos EUA.
Por motivos de habilidade intelectual sobre-humana, eram exceção. Por motivo cor da pele e gênero, eram a exceção da exceção – frequentavam, afinal, um círculo movido à segregação. Tudo tão excepcional que dava um filme. E deve significar alguma coisa o fato de ter demorado 50 anos para isso acontecer…
“Estrelas além do tempo” se concentra em três delas: Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson, bem no papel), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer, excepcionalmente bem e indicada ao Oscar de atriz coadjuvante) e Mary Jackson (Janelle Monáe, cantora, mas ótima atuando não só aqui, mas também em “Moonlight”). O trio mostra bastante carisma o tempo todo e em especial nas cenas de humor (não espere um filme sisudo).
Mais que um filme ‘de Oscar’
“Estrelas além do tempo” é um filme “de Oscar” típico no que isso tem de bom (mais) e de ruim (menos): narrativa convencional, alternância entre drama, comédia, momentos afetuosos, jornada de superação clássica e escolhas infelizes de roteiro.