Delatado por três como ‘Índio’ é ‘novo’ presidente do Senado

O senador Eunício Oliveira (CE), que foi também tesoureiro do PMDB, nega ter se beneficiado com pagamento de propina ou doação ilegal.

Contudo, precisará sobreviver à Operação Lava Jato.

O senador, ex-ministro de Lula, aliado de Dilma, aliado de Temer e Renan, foi citado em pelo menos três delações premiadas, com o codinome “Índio”.

OPINIÃO BAURU TV

Eles estavam junto com a quadrilha petista durante todo o tempo, até que viram a oportunidade de assumir o poder.

Na verdade, a quadrilha de corruptos do PMDB, é aquela que consegue ser permanente em todos os períodos de nossa nova democracia.

Porém, estão todos com seus nomes na Operação Lava Jato, inclusive os principais nomes do partido que seria a antiga oposição dos petistas, o PSDB.

Enfim, o decoro parlamentar inexiste em nosso Congresso, e isso já é flagrante aos olhos e ouvidos de toda população brasileira e mundial há tempos.

Nem um deles tem um pingo de vergonha na cara, na hora de falar para as câmeras de televisão. Até a data em que são presos e têm seus cabelos raspados, continuam com as mentiras e a descaração de continuarem em seus postos, tomando as principais decisões relacionados ao destino de todos nós brasileiros.

Bandidos fazendo leis para si mesmos e seus grupos, e para fugirem da Justiça.

Eunício Oliveira e Renan.
Eunício Oliveira e Renan.

A maior empreiteira do pais entrega todo mundo, e é como se nada tivesse acontecido para eles.

Sem mandado de prisão, ninguém ali larga o dinheiro público por nada.

Psicopatas não têm dó de ninguém, e nunca terão vergonha de seus atos. Acham bonito até.

E ainda precisamos escutar as chicanas relativas ao equilíbrio de poderes quando a população precisa tanto do Supremo Tribunal Federal.

Equilíbrio de poderes? Desde quando bandido pode ser funcionário público, e a ainda mandar em juiz?

Político hoje, é sinônimo de ladrão na boca de qualquer popular, acadêmico ou jurista.

Infelizmente estão fazendo com a democracia brasileira, o mesmo que o Império e a ditadura já fizeram antes: estão destruindo toda a verdade, a moral e a dignidade do brasileiro.

Bandeira a meio mastro.

Paul Sampaio, perfil, 1  Paul Sampaio – Autor

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Novo presidente do Senado: sempre próximo do poder

Eunício Oliveira foi um dos principais interlocutores do PMDB com o PT nos governos Lula e Dilma. Agora, terá a missão de ajudar Temer a votar agenda econômica – se sobreviver à Lava Jato.

Fonte: DW

Eleito nesta quarta-feira (01/02) novo presidente do Senado, o cearense Eunício Oliveira tem um perfil político que reflete bem a lógica do PMDB, partido ao qual se filiou há quatro décadas: mantém-se sempre no entorno do poder. Hoje um dos principais fiadores do presidente Michel Temer no Senado, ele galgou importantes degraus rumo à elite política nacional ao ser nomeado, em 2004, ministro das Comunicações do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após três mandatos como deputado federal, elegeu-se senador em 2010, com mandato até 2019. Correligionário de Temer, empresário, e com vasta experiência parlamentar, Eunício Oliveira já declarou que a prioridade política do momento é “estabilizar economia e recuperar empregos perdidos”.

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O senador Eunício Oliveira (CE) foi ministro do governo Lula, aliado próximo de Dilma, e liderou a bancada do PMDB.

Seu principal obstáculo será sobreviver à Operação Lava Jato. O nome dele foi citado em pelo menos três delações premiadas, com o codinome “Índio”. O senador, que foi também tesoureiro do PMDB, nega ter se beneficiado por qualquer tipo de doação ilegal em campanhas eleitorais ou pagamento de propina.

Aliado de Dilma

Nos tempos em que a proximidade com o PT lhe rendia dividendos políticos, transformou-se em interlocutor qualificado do PMDB com a presidência. Até o início do ano passado, quando o impeachment de Dilma Rousseff ainda era dúvida, Eunício fazia pontes com o Executivo. Em 2014, quando a petista conseguiu reeleger-se numa dura disputa contra o PSDB, o peemedebista se gabava de ter sido ator importante no resultado eleitoral favorável ao PT em seu estado, o Ceará. Ele, por sua vez, disputou o governo no mesmo ano, tendo os petistas como aliados, mas foi derrotado no segundo turno.

No casamento da filha - os pais da noiva, Mônica e senador Eunício Oliveira, cumprimentando a presidenta Dilma.
No casamento da filha – os pais da noiva, Mônica e senador Eunício Oliveira, cumprimentando a presidenta Dilma.

A proximidade com a presidente Dilma era tão alardeada que a petista marcou presença no casamento da filha do senador, em junho de 2015. A desenvoltura com a qual transitava no Palácio do Planalto lhe abriu espaço para indicar o próprio genro para uma diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que gerou enorme polêmica entre especialistas do setor.

Quando a classe política começou a dar sinais de que abandonaria o barco de Dilma, Lula pediu, em março de 2016, ajuda aos velhos caciques do PMDB, entre eles Renan Calheiros, que deixou nesta quarta-feira a presidência do Senado, e Eunício Oliveira. Alguns dias depois deste encontro, as lideranças do PMDB já apoiavam abertamente o impeachment e a condução de Temer à presidência da República.

No julgamento do impeachment de Dilma, Eunício não citou nem por um segundo sua aliança com o PT. Num discurso de oito minutos, ressaltou: “O passado não se muda. O que se pode fazer é contá-lo de acordo com a conveniência de quem o escreve”.

Eunício Oliveira, Renan e Temer.
Eunício Oliveira, Renan e Temer.

Contratos milionários

Conforme a declaração de bens que entregou ao Tribunal Superior Eleitoral em 2014, quando disputou o governo do Ceará, Eunício Oliveira tem um patrimônio de mais de 99 milhões de reais. Boa parte de sua fortuna advém de empresas do setor de vigilância e transporte de valores, como a Remmo, a Confederal e a Manchester.

Ele alega que está afastado do comando das empresas, mas os negócios estão em ascensão, sobretudo graças a contratos firmados com o governo federal e governos estaduais. A Manchester, por exemplo, firmou contratos de quase 1 bilhão de reais com a Petrobras. Alguns deles foram com dispensa de licitação.

Outra empresa do senador, a Confederal, foi citada em investigação antiga sobre o chamado “mensalão do DEM”, um esquema de corrupção no Distrito Federal que levou à cassação do então governador José  Roberto Arruda. Na época, o caso tramitava sob sigilo de justiça.

O senador não respondeu a perguntas da DW Brasil, enviadas a sua assessoria de imprensa, sobre negócios das empresas da qual é acionista e sócio com a União e sobre eventuais conflitos de interesses.

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