“Arte, no futebol, nunca foi adjetivo.”
Sócrates, o Doutor da Bola – Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da PUC-SP. Produzido pelos alunos Fábio Ramos, Leandro Carrasco e Pedro Jorge Ferrari, com orientação do professor Júlio Wainer. Agradecimentos: Professor Marcos Cripa, Rafael Regis dos Reis e Eduardo Laiola.

“Se as pessoas não tiverem o poder de dizer as coisas, eu vou dizer por elas. Quando eu era jogador, minhas pernas amplificavam a minha voz”

“O Corinthians não é só um time e uma torcida. É um estado de espírito!”
“Dê os meus gols para um país melhor”
“Vencer não é a coisa mais importante do mundo. Futebol é arte e deveria ser sobre mostrar criatividade. Se Vincent van Gogh e Edgar Degas soubessem o nível de reconhecimento que teriam, não teriam feito o mesmo. Você tem que gostar de fazer arte e não pensar ‘será que vou vencer’?”
“Eu gosto de me reproduzir”
“Todos que visitam o Brasil se apaixonam por alguém”
“Eu bebo, fumo e eu penso”
“Repórter: você já provou cocaína?
Sócrates: Não. Tenho apenas três vícios: mulher, cigarro e cerveja. Se eu adquirir mais um, preciso trocar por algum desses”
“Sobre a derrota para a Itália em 1982: Foi que nem seduzir a mulher mais bonita do mundo e falhar no momento para o qual você fez tudo”
“Nossos jogadores dos anos 1960 e 1970 eram românticos com a bola nos pés, mas fora dos campos eram absolutamente quietos. Imagine se na época do golpe militar um único jogador, como Pelé, tivesse falado algo contra os excessos?”

“Quando eu chamei um dos meus filhos de Fidel, minha mãe disse: ‘É um pouco forte para uma criança’. E eu disse: ‘Mãe, olha o que você fez comigo’.”
“Não tenho nada contra transplante cardíaco, de rim, de pâncreas, de figado ou qualquer outro. Só que é o seguinte, eu tenho de estar na lista. Se eu estiver na lista, eu não furo fila não. E eu não estou em nenhuma lista dessas.”
“Fui alcoólatra sim. Quando eu queria. Quem usa álcool cotidianamente é alcoólatra. Eu fui dependente de álcool. Não tomava todo dia. Eu estava há três meses sem beber.”
Sócrates foi a única unanimidade em uma pesquisa realizada, em 2006, pela Revista Placar para escolher o “time de todos os tempos” do Corinthians[5]
Novamente, foi a única unanimidade, em uma pesquisa com especialistas, para escolher os dez maiores ídolos da história do Corinthians. Foi eleito em 1983 o melhor jogador sul-americano do ano e incluído pela FIFA, em 2004, na lista dos 125 melhores jogadores vivos da história.
Como futebolista, Sócrates é considerado como um dos maiores do futebol brasileiro[2] e, segundo a FIFA, um dos maiores do futebol mundial. [3]
Maior ídolo do Corinthians – ao lado de Luisinho, Cláudio, Roberto Rivellino, Neto, Teleco e do Botafogo de Ribeirão Preto,[4] ao lado de seu irmão Raí e Zé Mario.
Sócrates e Raí chegaram a um posto nunca atingido por dois irmãos até hoje: ambos foram capitães da Seleção Brasileira de Futebol.
“Nenhum jogador abandona a carreira de futebol. É o futebol que abandona o jogador.”
Sócrates era um atleta reconhecido por seu estilo elegante. Uma característica do jogador que marcou sua passagem pelo futebol foi a sua habilidade no uso do calcanhar. Mas era um jogador completo, marcava gols de falta, de cabeça e fora da área com frequência. Dava assistências perfeitas para seus companheiros marcarem muitos gols.

Sócrates notabilizou-se também por sua militância política, particularmente nos anos 1980, quando liderou um movimento pela democratização do futebol e participou do movimento pelas Diretas já!.

Sócrates também atuou como técnico de futebol, articulista e comentarista esportivo. Também era músico e, eventualmente, ator e produtor teatral.
Era também considerado pela mídia especializada (CNN, World Soccer e Placar) como um dos grandes jogadores de todos os tempos.
Em fevereiro de 2015, em seu tradicional quadro “The Joy of Six“, o jornal britânico The Guardian elegeu Sócrates como um dos seis esportistas mais inteligentes da história (ele é o único futebolista da lista). Para entrar nesta lista, o jornal levou em conta currículos que extrapolaram campos e quadras, tendo uma atuação preponderante em suas áreas e fora delas.[6]
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira |
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Data de nasc. | 19 de fevereiro de 1954 | |
Local de nasc. | Belém (PA), ![]() |
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Nacionalidade | ![]() |
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Falecido em | 4 de dezembro de 2011 (57 anos) | |
Local da morte | São Paulo (SP), ![]() |
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Altura | 1,92 m | |
Apelido | Calcanhar de Ouro Doutor Sócrates Magrão |
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Informações profissionais | ||
Período em atividade | Como Jogador: 1974-2004 (30 anos) Como Treinador: 1990-1999 (9 anos) |
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Posição | Treinador (ex-Meia e Atacante) | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1974–1978 1978–1984 1984–1985 1985–1987 1988–1989 1989 |
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269 (274) 298 (172) 28 (13) 45 (8) 23 (7) 7 (1) |
Seleção nacional | ||
1978–1986 | ![]() |
63 (25) |
Times/Equipas que treinou | ||
1990 1996 1999 |
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