O Último Adeus e o Início de uma Lenda

Luciano Buligon, prefeito de Chapecó em Medellín, traz os corpos de sua delegação para casa. (AP Photo/Fernando Vergara)
Luciano Buligon, prefeito de Chapecó em Medellín, traz os corpos de sua delegação para casa. (AP Photo/Fernando Vergara)

A tragédia que tomou proporções internacionais, teve seu epílogo com o cortejo das carretas com as vítimas pela cidade de Chapecó, e a chegada no Estádio.

Os balões brancos com a leitura dos nomes dos mortos e as palavras de serenidade e esperança do prefeito Luciano Buligo, fecharam esse episódio de enorme tristeza.

Acompanhe abaixo, a cobertura da Rede Globo para o Funeral

O Último Adeus com o Choro de Galvão Bueno

Quando o primeiro caminhão passou pelo apertado portão da Arena Condá, por volta de 12h28, o choro se refez em um grito.

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O zagueiro Demerson chora na saída do velório enquanto segura a foto do companheiro Arthur Maia (Foto – Janir Junior)

Lá dentro, apesar da forte chuva que castigava Chapecó desde cedo, os torcedores, firmes, buscaram forças: “O campeão voltou”. Os heróis voltaram.

Em clima de comoção, familiares, amigos e toda uma cidade começaram a se despedir de jogadores da Chapecoense, membros da comissão técnica, dirigentes e jornalistas, vítimas do acidente que deixou 71 mortos na madrugada da última terça-feira.

Os pais do goleiro Danilo com a imagem do filho na Arena Condá (Foto - David Abramvezt)
Os pais do goleiro Danilo com a imagem do filho na Arena Condá (Foto – David Abramvezt)

Cortejo com corpos de jogadores em Chapecó

O cortejo com os corpos dos jogadores e demais membros da delegação do Chapecoense que estavam no voo para Medellín, emocionou moradores pelas ruas de Chapecó até Arena Condá.

Membros das Forças Armadas carregam os caixões das vítimas do acidente (Foto - AFP)
Membros das Forças Armadas carregam os caixões das vítimas do acidente (Foto – AFP)

Balões Brancos em Homenagem aos Mortos

Funcionários da Chapecoense foram a campo com nomes das vítimas escritos na camisa.

Cada um soltou um balão branco em homenagem aos mortos, enquanto todos apareciam nos telões do estádio.

Flores e uma camiseta foram entregues aos parentes das vítimas. Um jornalista argentino que cobria o evento teve uma crise de choro, passou mal e foi levado a um hospital.

Parentes dão adeus às vítimas durante velório na Arena Condá (Foto - Agência Estado)
Parentes dão adeus às vítimas durante velório na Arena Condá (Foto – Agência Estado)

O Prefeito de Chapecó Luciano Buligon

O prefeito vestiu a camisa do Atlético Nacional na hora de falar. Ao microfone, Luciano Buligon agradeceu de forma emocionada a todo o apoio recebido pelo povo colombiano após o acidente.

Ao microfone, Luciano Buligon agradeceu de forma emocionada a todo o apoio recebido pelo povo colombiano após o acidente.
Ao microfone, Luciano Buligon agradeceu de forma emocionada a todo o apoio recebido pelo povo colombiano após o acidente.

– Deus também tem o direito de chorar. Por isso chove tanto na terra de Condá. Preciso reconhecer, antes de nada, que a Colômbia fez com que nos aproximássemos de forma a não mais se esquecer. Só por competência de todos eles, colombianos, que temos seis sobreviventes desse trágico acidente. muito obrigado, povo da Colômbia. Vocês sempre estarão nos nossos corações. Essa equipe não é mais de Chapecó. É do mundo – disse o prefeito.

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Tite, treinador da Seleção, exibe a bandeira da Chapecoense (Foto – Diego Vara – Reuters)
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