José Renato Nalini no Giro com Willian Corrêa

O atual Secretário da Educação de São Paulo, José Renato Nalini, falou sobre vários aspectos da educação e da situação política do país.

Nalini alega que a educação não deve ser um direito básico assegurado pelo Estado.

José Renato Nalini é jurista, professor, escritor, magistrado e político brasileiro. Foi desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde exerceu a presidência.

OPINIÃO BAURU TV

“Se o Estado não moldar sua sociedade, seja seu governo de direita ou de esquerda, a miséria fará esse trabalho por ele. E ele precisará de novo, gastar mais dinheiro para se defender de seu próprio povo.” Paul Sampaio

Nalini entende que a educação não deve ser um direito básico assegurado pelo Estado.

Evidentemente, o Secretário de Educação de São Paulo, não entende nada de Educação, assim como o Governador que o nomeou, não entende nada de Saúde, apesar de médico.

Para resumir – deixe de dar educação e saúde para seu povo, e terás a garantia de que vais gastar todo o dinheiro que tiveres com Segurança Pública. Educação e Saúde para todos, nunca foi apenas uma questão social e de caridade para com seu semelhante, e sim uma questão de pura inteligência. Contudo, quem nunca teve dificuldades na vida nem para estudar nem para se tratar quando fica doente, dificilmente entende o mundo direito. Fica mimado demais para isso.

Na entrevista, William lembra dados do último ENEM que apontaram apenas 3 escolas públicas entre as 100 melhores classificadas, e adiciona também que, 70% dos alunos do país, estão em escolas públicas.

Então eu pergunto: de que adiantou essa linha de raciocínio para a educação pública de São Paulo, nos últimos 16 anos?

Governadores com ‘medinho’ da demanda gigantesca que o Estado de São Paulo tem, com pavor de ‘tanta’ gente para dar merenda, para atender em regiões rurais, aldeias indígenas, enfim, com a filosofia de que o educador deve ensinar apenas quem tem dinheiro, e médico também, só deve dar atendimento e socorro para quem tem dinheiro. Essa é uma liberdade que qualquer cidadão que escolha estas profissões pode ter, mas não o Estado. Porque senão, aí é que a conta não fecha. Visto que, nada causa mais despesa para o Estado do que a miséria humana.

Com essa linha de atuação capitalista (eles se intitulam Liberais), jogamos o nível de ensino das escolas públicas na latrina, como bem mostram os números citados por William.

Dizer que o Estado já gasta 31% de seu orçamento com Educação, e que vai gastar agora 33%, não explica tamanha incompetência com a gestão da pasta. Cadê os resultados? Quais são as inovações, treinamentos para atualização dos docentes, onde estão as ideias que transformam?

Colocar um especialista em Direito para dirigir a pasta da Educação, ou seja um leigo que já deu umas aulas de Direito (como todos partidos fazem aliás, nomeiam por apadrinhamento político e não por capacidade na área), com a única incumbência de pagar contas, só vai afundar ainda mais esse barco. Ministério e Secretarias de Educação são lugares para EDUCADORES tomarem conta. Ninguém que vem de fora, e que nunca viveu cada segundo de sua vida dentro da Educação, é capaz de assumir tamanha responsabilidade. Chegar e ver os números, sem saber nem o cheiro das pessoas que têm demandas naquele setor, é o maior sacrilégio que se pode cometer com uma Nação.

Se trabalhassem direito para educar, não teríamos tantos bandidos, principalmente no meio político.

E só lembrando. Quanto mais educados ficamos, menos precisamos do Estado. Se nos últimos 16 anos tivessem feito isso, a demanda não estaria jamais, gigantesca como está. Não formamos direito nossos cidadãos, nem em São Paulo, nem no resto do Brasil. Já temos milhões de analfabetos funcionais, e nenhum partido tem projeto para isso. A tal Pátria Educadora da outra ala política do país, foi latrina abaixo também.

Se o Estado não moldar sua sociedade, seja seu governo de direita ou de esquerda, a miséria fará esse trabalho por ele. E ele precisará de novo, gastar mais dinheiro para se defender de seu próprio povo.

 

Paul Sampaio, perfil, 1  Paul Sampaio – Autor

Polêmicas

Em entrevista no Jornal da Cultura em 2014, o desembargador Nalini, comentando sobre a previsão orçamentária de 1 bilhão de reais anuais para a concessão de auxílio-moradia aos juízes, admitiu que o auxílio “disfarça um aumento de subsídio” e afirmou que a medida seria justificável porque, entre outras razões, os juízes precisam comprar vários ternos e “não dá para ir toda hora a Miami comprar terno”.[5] A declaração teve uma repercussão negativa.[6]

Em 05 de abril de 2016, o secretário Nalini publicou uma polêmica carta aberta no site do Ministério da Educação, “A sociedade órfã”,[7] onde alega que a educação não deve ser um direito básico assegurado pelo Estado. No texto, o secretário explicita sua visão de mercado e sociedade, colocando-se à direta no espectro político e aderindo ao liberalismo econômico como ideal (noção de que o Estado deve prover apenas segurança e justiça). Nalini será o mediador entre alunos e Estado, dando continuidade à reorganização do ensino público, agora levando em consideração o ponto de vista dos alunos e comunidade, conforme o prometido por Alckmin para 2016.[8]

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