Primeiro livro da trilogia As Areias do Imperador, “Mulheres de cinzas” é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane (ou Gungunhane, como ficou conhecido pelos portugueses), o último dos líderes do Estado de Gaza – segundo maior império no continente comandado por um africano.
No livro acompanhamos a história de Imani, uma jovem de 15 anos que pertence à tribo dos VaChopi e que, por saber a “língua dos europeus”, passa a servir de intérprete a Germano de Melo, um sargento enviado a Nkokolani para a batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Enquanto um dos irmãos de Imani lutava pela Coroa de Portugal, o outro se unia ao exército dos guerreiros do imperador africano.
O envolvimento entre Germano e Imani passa a ser cada vez maior, malgrado todas as diferenças entre seus mundos.
Porém, ela sabe que num país assombrado pela guerra dos homens, a única saída para uma mulher é passar despercebida, como se fosse feita de sombras ou de cinzas.
Ao unir sua prosa lírica característica a uma extensa pesquisa histórica, Mia Couto construiu um romance belo e vívido, narrado alternadamente entre a voz da jovem africana e as cartas escritas pelo sargento português.
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