Depois de reconstituir o mundo da bossa nova no já clássico “Chega de saudade”, Ruy Castro mergulha no universo do samba-canção e das boates cariocas dos anos 1940, 50 e 60 em “A noite do meu bem”.
Em 1946, o presidente Eurico Gaspar Dutra proíbe os jogos de azar no Brasil.
A decisão gerou uma legião de desempregados — e um grande contingente de boêmios carentes. Os cassinos fecharam, mas os profissionais da noite logo encontraram um novo ambiente: as boates de Copacabana.
Em vez das apresentações grandiosas, as boates favoreciam a penumbra, a intimidade, o romance.
Assim como a ambience, a música baixou de tom. Os músicos voltaram aos palcos, mas em formações menores, tocando quase como um sussurro ao ouvido.
Essa nova música, as boates e o contexto que fez tudo isso possível são o tema do novo livro de Ruy Castro, que mais uma vez nos delicia com sua prosa arrebatadora.
“A noite do meu bem” já está nas livrarias.
Câmera, edição e motion graphics: Diogo de Nazaré
Câmera e captação de som: José Barrichello