Denis Diderot – Filósofo e Escritor

Denis_Diderot_111“Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos.”

Avoir des esclaves n’est rien, ce qui est intolérable c’est d’avoir des esclaves et de les appeler citoyens.

Denis Diderot  citado em “Chronique française du XXe siècle”, Volume 10‎ – Página 167, Paul Vialar – Del Duca, 1955.

Denis Diderot

(Langres, 5 de outubro de 1713 — Paris, 31 de julho de 1784)

filósofo e escritor francês

Denis Diderot (francês: [dəni didʁo]) nasceu na Champanha

Diderot foi um dos primeiros autores que fazem da literatura um ofício, mas sem esquecer jamais que era um filósofo. Preocupava-se sempre com a natureza do homem, a sua condição, os seus problemas morais e o sentido do destino.

fonte: WIKIQUOTE

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“Coisas das quais nunca se duvidou, jamais foram provadas.”

Ce qu’on n’a jamais mis en question n’a point été prouvé.

Œuvres philosophiques et dramatiques de M. Diderot‎ – Volume 3, Página 39, item XXXI, Denis Diderot – 1772 – 15 páginas

“Dizem que o desejo é produto da vontade, mas dá-se o oposto: a vontade é produto do desejo.”

On dit que le désir naît de la volonté, c’est le contraire, c’est du désir que naît la volonté.

Oeuvres complètes: Revues sur les éditions originales … Étude sur Diderot et le mouvement philosophique au XVIIIe siècle, Volume 9‎ – Página 352, Denis Diderot – Garnier, 1875

“A paixão destrói mais preconceitos do que a filosofia.”

Les passions détruisent plus de préjugés que la philosophie.

“Entretiens sur le Fils naturel” in “Œuvres de Denis Diderot”, Volume 6‎ – Página 387, Denis Diderot – A. Belin, 1819

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“Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga.”

On avale à pleine gorgée le mensonge qui nous flatte, et l’on boit goutte à goutte une vérité qui nous est amère

“Le Neveu de Rameau” in: “Œuvres inédites: Le neveu de Rameau. Voyage de Hollande”‎ – Página 76, Denis Diderot – J.L.J. Brière, 1821 – 388 páginas

“Apenas há um dever: o de sermos felizes.”

A parler rigoureusement, il n’ya qu’un devoir; c’est d’être heureux

“Essai sur les règnes de Claude et de Néron” in: “Oeuvres de Denis Diderot”, Volume 6‎ – Página 235, Denis Diderot – A. Belin, 1819

“Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo é indispensável para sermos bons no nosso ofício.”

Ne fit-on que des épingles, il faut être enthousiaste de son métier pour y exceller.

“Observations sur la Sculpture et sur Bouchardon” in: “Oeuvres de Denis Diderot”, Volume 4‎ – Página 575, Denis Diderot – A. Belin, 1818

“Se a razão é uma dádiva do céu, e se o mesmo se pode dizer quanto à , o céu nos deu dois presentes incompatíveis e contraditórios.”

Si la raison est un don du Ciel et que l’on en puisse dire autant de la foi, le Ciel nous a fait deux présents incompatibles et contradictoires.

“Pensées Philosophiques” in: Œuvres de Denis Diderot, Volume 1‎ – Página 245, item V, Denis Diderot, Jacques André Naigeon – J.L.J. Brière, 1821

“Quando o padre apoia uma inovação, ela é má; quando se lhe opõe, ela é boa.”

Lorsque le prêtre favorise une innovation, elle est mauvaise : lorsqu’il s’y oppose, elle est bonne.

Oeuvres philosphiques de Denis Diderot: Suite de l’apologie de M. l’abbé de Prades. – Volume 2, Página 241, item CXXXIX, Denis Diderot – Librairie philosophique, 1752

“Quando comparamos nossos talentos aos de Leibniz, ficamos tentados a jogar fora nossos livros e irmos morrer em silêncio, no escuro de algum recanto esquecido.”

Oeuvres complètes

Denis Diderot by Jean Antoine Houdon

  • “Se, quando somos ricos, temos tudo, qual o interesse em termos mérito e virtude?”

  • “Devem exigir que eu procure a verdade, não que a encontre.”

  • “Perguntaram um dia a alguém se havia ateus verdadeiros. Você acredita, respondeu ele, que haja cristãos verdadeiros?”

  • “Não se retém quase nada sem o auxílio das palavras, e as palavras quase nunca bastam para transmitir precisamente o que se sente.”

  • “A sabedoria não é outra coisa senão a ciência da felicidade.”

Denis Diderot

“A cólera prejudica o repouso da vida e a saúde do corpo; ofusca o entendimento e cega a razão.”

Denis Diderot citado em “3001 pensamentos” – Página 65, CABADA, Gerardo, Edicoes Loyola, 2001, ISBN 8515023075, 9788515023073 – 288 páginas

“Este é um trabalho que só pode ser realizado por uma sociedade de pessoas letradas e trabalhadores habilidosos, cada um fazendo separadamente sua parte, mas todos comprometidos conjuntamente apenas por zelo aos melhores valores da raça humana e pelo sentimento de mútua boa vontade.”

Diderot. The Many Faces of Philosophy : Reflections from Plato to Arendt – Página 237, Oxford University Press, 2001, ISBN 0195134028

Sobre

“Como Diderot já disse, em ‘O Sobrinho de Rameau’, a pessoa que ensina a ciência não é a mesma que entende dela e a realiza com seriedade, pois a esta não sobra tempo para ensinar.”

Arthur Schopenhauer in: “A Arte de Escrever” – página 25, traduçãode Pedro Sussseking, L&PM Editores, ISBN 8525414646, 9788525414649, 176 páginas

Mal atribuídas

“O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”

– na verdade de Jean Meslier, cura da comuna francesa de Étrépigny, em seu livro Extrait des sentiments de Jean Meslier

. Diderot o teria parafraseado posteriormente em seu poema Les Éleuthéromanes

:- Diderot em Les Éleuthéromanes[1]

Referências

“E suas mãos arrancarão as entranhas do padre / na falta de uma corda para estrangular os reis”

“Et ses mains ourdiraient les entrailles du prêtre / Au défaut d’un cordon pour étrangler les rois”

Giba Assis Brasil, Terra Magazine. Publicado em 3 de agosto de 2006.

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Admirador entusiasta da vida em todas as suas manifestações, Diderot não reduziu a moral e a estética à fisiologia, mas situou-as num contexto humano total, tanto emocional como racional.

Diderot é considerado por muitos um precursor da filosofia anarquista.

Sua obra prima é a edição da Encyclopédie (1750-1772) ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers (Dicionário razoado das ciências, artes e ofícios), onde reportou todo o conhecimento que a humanidade havia produzido até sua época.

Demorou 21 anos para ser editada, e é composta por 28 volumes. Mesmo que na época o número de pessoas que sabia ler era pouco, ela foi vendida com sucesso.

Denis conseguiu uma fortuna. Deu continuidade com empenho e entusiasmo apesar de alguma oposição da Igreja Católica e dos poderes estabelecidos.

Escreveu também algumas outras peças teatrais de pouco êxito.

Destacou-se particularmente nos romances, nos quais segue as normas dos humoristas ingleses, em especial de Sterne: A Religiosa, O Sobrinho de Rameau, Jacques, o fatalista e seu mestre. Escreveu vários artigos de crítica de arte.

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