A Verdade Oculta do Sexo nas Igrejas


Na presente data, tenho trinta anos, nascido no interior do estado de São Paulo, mais precisamente na cidade de Bauru.

Aos treze anos de idade, apaixonei-me pela Igreja Católica, sua liturgia …

Entrevista concedida a Paul Sampaio da Bauru TV, lugar em que Júnior iniciará em breve, um programa chamado VIVA DIVERSIDADE.

Um Seminário Católico, onde a grande maioria tem vida sexual ativa, e a desilusão de tentar seguir um caminho religioso, em um verdadeiro covil de cobras.


A VERDADE OCULTA DO SEXO NAS IGREJAS

Antes de mais nada, preciso de forma um tanto quanto mais concisa apresentar-me:

Mesmo sendo católico nunca deixei de frequentar reuniões de igrejas evangélicas. Sempre estudei a doutrina e sempre entendi os ensinamentos da igreja. Amor a Deus e ao próximo, servir com todo coração.

A forma mais sublime que encontrei de servir a Deus e a igreja, foi através da música, ministrando o louvor e a adoração. Talvez seja por isso que nunca me afastei dos irmãos evangélicos e da comunhão com eles.

Então ainda aos treze anos, o primeiro milagre. Sentia tontura e as vezes chegava a cair onde estava. No exame mostrava uma pequena alteração. Este ainda não deixava claro o que estava acontecendo.

No final de semana iria acontecer um retiro, e os sintomas ali, presentes. No segundo dia de retiro, pela imposição de mãos de dois servos, fui ao chão, porém de forma diferente, em paz.

Ali eu escutava a música, as pessoas, os ruídos e tudo mais, porém aproximou-se de mim alguém, reclinou-se e pôs as mãos em minha nuca. Ali tive impressão de que aquela pessoa retirava algo. E realmente tirava. Nunca mais tive sequer a sombra dos sintomas que havia sentindo nos últimos meses. Enfim, quem entende, sabe que é assim, acredito pela fé que era Jesus quem fez o milagre.

Conforme os anos passavam, aumentava meu amor e serviço. Então junto com a mocidade, vieram os desejos e descobrimento da sexualidade. Entendi o que estava sentindo, durante anos acreditei que fosse errado e pecado, então evitava a todo custo os sentimentos homossexuais e entregava-me a cada dia no amor a Cristo e a Igreja. Rezava o rosário de madrugada, como aprendia na igreja evangélica, fiz uma corrente em campanha de oração, até quando um bispo famoso da igreja universal veio em Bauru fui atrás dele para ver se ele tirava aquela pombo gira de mim. Toda água benta eu bebi, toda cruz e sal ungido carreguei, todo jejum fiz, todas línguas falei. E nada, do sentimento abominável da homossexualidade que iria me “levar para o inferno” sair, ir embora e me deixar em paz.

Foi quando estava com aproximadamente vinte anos, já em carreira na igreja, amigo de padres e pastores, acompanhando a fé do mais próximo ângulo que eu poderia estar.

Eu impunha as mãos e via pessoas sendo curadas, sendo agraciadas, e nada da minha cura chegar. Foi então que o mesmo Deus, o Deus que me curou, o Deus que ensinou a tocar sete instrumentos em poucos dias, o Deus que falava ao meu ouvido, o Deus que eu tinha como e tenho como amigo. Foi este Deus quem falou comigo dizendo: – Eu sou o Deus que tudo posso, tirei de sua cabeça a doença, e não curo sua homossexualidade, porque ela não tem que ser curada, porque não é doença. Te amo como você é, te amo como eu te criei, pode até mesmo o Papa dizer que não te aceito, porém eu te aceito e te amo e aquele sacrifício de amor que meu filho fez, foi por você também.

Em pouco dias, eu estava com o coração curado em relação a isso, entendi que amor é amor, não seria um sexo biológico que determinaria uma situação de pecado ou de erro. Enfim, deixei de carregar um peso colocado em minhas costas pela igreja.

Mas mesmo assim, amava a igreja, orava, cantava, e resolvi dedicar mais a minha vida a Deus. Foi quando decidi partir para a missão tornando-me sacerdote. Fui para o seminário no ano de 2009, e fui entendendo que minha sexualidade não incomodava a Deus, mas ela era e é como Deus havia planejado e permitido. Foi chegando lá que meus olhos abriram-se, nos primeiros meses, já pude ver o primeiro escândalo. Entre os cinquenta irmãos que moravam ali em semi-clausula, praticamente quarenta tinha vida sexual ativa, mesmo fazendo os votos de castidade, pobreza e obediência. Aquilo foi um choque para mim. Eu até imagina que haviam homossexuais ali, porém não imagina que eram tantos.

Foi quando entrei em uma das salas, e estava ali, o meu mentor, que deveria ser meu mestre e exemplo. Ele estava de pernas cruzadas da maneira mais feminina que alguém possa cruzar as penas, e o assunto não era dos mais santos. quando ele me viu, descruzou as pernas e voltou a voz de “macho dele”. Imaginei se até o padre que é meu mentor tem uma vida podre, imagino o restante. Enfim, ali começou uma especie de mal estar dele comigo, porque eu havia ouvido o assunto e mais, havia visto ele daquela forma. em todos os momentos de oração desde então, ele não olhava nos meus olhos e seguia de cabeça baixa. Mas a situação mudou, ele lançou suas inseguranças sobre mim e me mandou embora.

Transtornado, pensei que tudo fosse acabar para mim, toda experiência, toda graça, tudo que havia vivido. Sabendo de minha condição sexual e com minha história de vida, permaneci na igreja até descobrirem que então que o Junior que cantava, pregava, que a benção era “gay”.

Mas uma vez, pela minha verdade fui mandado embora, porém desta vez, pediram-me para nem mais participar das missas, porque eu era pecador de mais para estar ali no meio deles. E eu agradeço a Deus aquela mesa de inquisição que foi montada para me excomungar. Na verdade tiravam-me do meio do lixo e das mentiras. Tantas máscaras postas que mal enxergavam o brilho da glória de Deus.

Agora, era eu e Deus. Decidi viver a verdade, e junto com outros irmãos, montamos um espaço de oração para pessoas que eram diariamente vítima de violência de púlpito, até hoje está funcionando.

Mas vamos ao que interessa, sobre o título desta publicação, onde tratamos a questão dos escândalos nas igrejas.

Quatorze anos na igreja. Essa experiência levou-me a fazer aquele olhar do padre, um olhar de vergonha, a se repetir em todas as pessoas que eu encontrava e que eu sabia que também eram homossexuais e que escondiam sua sexualidade para também não serem expulsos assim como eu fui.

Até hoje, muitos amigos fingem que não me conhecem devido eu ser publicamente militante pela igualdade de direitos e “gay assumido”. Isso faz a casquinha hétero deles tremer, e tem medo dos outros descobrirem suas verdades.

Escândalo não é ser homossexual, escândalo de verdade é seguir essa vida de mentiras, de traição, de fraqueza. E quando falo fraqueza, não pela questão de serem homossexuais e não assumirem, é pela questão de subirem nos altares e pregarem odiosamente contra tal forma de expressão de carinho, e depois quando descem, tem uma vida de mentira.

Hoje em Bauru, tem uma pessoa, fazendo inclusive sucesso no meio católico. Arrastando pequenas multidões. Ele é muito efeminado, e todos sabem que ele é “gay”, porém fingem não perceber, fingem não reparar em seus trejeitos e maneira de ser. Até quando ele canta, louva, adora, fala com Deus. É tão latente a questão de sua homossexualidade, que fica tão, mas tão explicitado, que não deixa dúvidas.

Alguns leitores devem estar pensando que, pelo menos ele guarda os votos, que em sua missão, ele é exemplo de comportamento. Mas segundo a igreja, os seus ensinamentos de exclusão, ele vive em pecado, com vida sexual ativa, inclusive pagando garotos de programa. Alguns ainda devem estar se perguntando como eu sei. Talvez seja pelo fato de eu conhece-lo ha quase dez anos. E ainda oriento a ele para deixar tal comportamento, porque mais cedo ou mais tarde vão descobrir.

Essa história entre tanta outras, se repetem diariamente nas paróquias, nas igrejas e em tantas comunidades. As pessoas me perguntam se existe muitos homossexuais escondidos nas igrejas, eu apenas respondo, sem sitar nomes e lugar de trabalho. Se querem encontrar homossexuais nas igrejas católicas, procure nas lideranças (ai que vontade de passar a lista, mas vamos evitar processos), e se querem encontrar dentro do armário alguns evangélicos, é fácil, apenas olhe no ministério de música. Hoje tenho uma certeza, se existir uma cura gay, ela vai acontecer quando a sociedade deixar de ferir a diversidade e a beleza nela expressada. A cura gay vai acontecer quando a família abraçar um filho transexual, e ama-lo como a pessoa que é, e não pelo que sente. Enfim, Amor é amor e vamos seguir amando. mesmo que este texto receba críticas, a intenção nunca foi apontar, até porque não sita-se nomes. A intenção somente é mostrar que a diversidade exite e é linda, como forma de expressão de amor deve ser respeitada e com isso todos os direitos das pessoas independente de suas particularidades devem ser mantidos e cumpridos. Sendo assim, vamos pensar em como estamos acolhendo as pessoas que são diferentes de nós, se estamos fazendo o papel do Cristo, que é amar e amar.

Aloísio Júnior, segunda-feira, 13 de abril de 2015

Praça Rui Barbosa em Bauru - foto Jaime Prado 3

 


SEXO: SEGREDOS DE UM EX-SEMINARISTA

ESTE TEXTO CONTÉM EROTISMO E REALIDADE. Neste segundo momento, gostaria de responder as principais dúvidas e curiosidades que as pessoas do mundo inteiro tem me enviado, devido o sucesso do texto anterior.

A primeira questão é: Quanto tempo você permaneceu em meio ao seio da igreja? Essa questão é bem legal, porque faz emergir a questão do valor das informações aqui prestadas. A experiência pessoal que tive com Deus foi ao 12 anos e meio, sim, bem cedo. Porém não fiquei no oba-oba não. Fui estudar. O primeiro ministério concreto que participei foi o de cura e libertação (secretaria Rafael), talvez por intuição já saber o que viria. Eu precisava entender os mecanismos da cura, moções do Espírito Santo e tudo mais.

Antes ainda de completar os quatorze anos, eu já fazia atendimentos de cura e libertação na igreja em Bauru. Era apenas uma criança sedenta pela graça de Deus, buscando se aprofundar e entender os mistérios do altíssimo. Deixei oficialmente a instituição entre 2010 e 2011. Não posso dizer que deixei a igreja porque nós somos a igreja e não os prédios.

Mas vamos as perguntas mais quentes: Existia mesmo sexo no seminário? A resposta é bem simples, existia, existe, e vai continuar existindo enquanto essa pouca vergonha de acobertamento continuar. Se pegam um padre ou seminarista mais velho em “pecado”, ao invés de ter um diálogo franco e buscar o caminho da verdade, fica mais fácil transferir ele de seminário ou paróquia. Quem nunca ouviu algo assim?

Recordo-me de um dia eu ir pegar material de faxina, um irmão diácono aproximou-se e disse: – O que você precisa? – Antes mesmo de eu responder, percebi que passava um rato ali no depósito. E falei alto: – Nossa um rato! – Ele já cheio de malícia apalpando o que vocês já sabem, informou-me que ali onde ele colocava as mãos havia um ainda maior, e se eu não queria ver. OBS: Hoje ele é padre, tem paróquia e consagra as hóstias que as famílias católicas comungam todo domingo.

Perguntaram-me também qual era o assunto que o cara que se diz padre e mentor falava e fazia quando eu peguei-o no ato. Simples, ele falava: – “Aloka bixa, to passada com o padre fulano, uó!” – parei para escutar, e a conversa seguiu, em meio as palavras, minha confissão que eu fizera no dia anterior. ISSO MESMO! ELE RIA JUNTO COM OUTRO PADRE DA MINHA CONFISSÃO QUE ERA PARA SER SIGILOSA. – Isso com as pernocas cruzadas entre risos mais próximos de risos de Yorùbá que de hosana nas alturas. Sempre que se referia a ele próprio se colocava no gênero feminino, quem é do meio sabe que é bem assim que acontece.

Reforço dizendo, não existe nenhum problema ser homossexual, a questão é a mentira, o tribunal que é montado e quando acaba a missa, na maioria das vezes ás segundas-feiras, que é quando acontece a folga, a conversa muda.

O personagem some dando espaço para aquilo que o sujeito sempre foi e é. Um cara homossexual dentro do armário que quebra todos seus votos e ainda crítica quem está fora do armário, quem se assume e vive de cara limpa. Isso aconteceu ainda no seminário em São Paulo.

Em Bauru, no quarto que era individual dois toques na janela, seguidos da minha pergunta: – Quem estava ai? – Abrindo a janela, um colega de estudos no seminário, indagando-me se eu não gostaria de aprofundar a espiritualidade de minhas papilas gustativas em um encontro de fé com suas genitálias. (conversa tenho gravada até hoje).

Na mesma semana, outro entra em meu quarto, já de círio pascal as postas para iniciar a liturgia das horas. Meus Deus! Ali tive a certeza. Seminário é sinônimo de motel gratuito, pago pelas cédulas de dois em dois reais que os fiéis católicos colocam na cestinha. Só para finalizar o conteúdo do círio, não havendo completado os desejos, foi bater na porta de outro colega, que ali pernoitava convidado. Em detalhe que quando acabou o cerimonial, o mesmo retornou ao meu quarto, um tanto quanto mais aliviado. Rimos um pouco e dormimos. Cada um em seu quarto. No dia seguinte, missa, todos com cara de santo.

Já estava me acostumando com tudo aquilo, quando chegou o momento de dar mais um passo nos estudos e na faculdade de filosofia. Foi quando tive o contato com outros padres, entre professores. Um dos amiguinhos de terço, ali residente, por motivos que em um próximo texto explanarei, aliou-se com dois ou três padres amigos de cama. Ops! Amigos de clergyman, para iniciar então a sessão ciúme de mim. Onde eu que já estava desgastado, e não entrei na dança do louvor das madrugadas, recebi o convite a pular fora da cerco de jericó. As ruas, de volta a vida real, tirei a máscara e sou feliz. Vivendo minha verdade, minha sexualidade, minha afetividade, sem medo de condenação.

Como dizia Santo Agostinho. “Ame e faz o que queres.”

Aloísio Júnior, quinta-feira, 16 de abril de 2015

 


A VERDADE OCULTA DO SEXO NAS IGREJAS

De todo o meu coração, eu ainda acredito na igreja. Acredito que ela quanto instituição, ainda possa mudar.

Na mesma proporção que vejo possibilidades reais em qualquer outro ser humano, porque se deixamos de acreditar que o nosso semelhante não é capaz de evoluir, automaticamente, nós, também não podemos evoluir. E estamos muito longe de alçarmos a primazia da perfeição. No entanto só nos resta caminhar.

Existem três pontos que a igreja precisa no mínimo colocar como pauta de reflexão.

O primeiro é a questão da falta de padres para os serviços paroquiais. Então ao invés de deixar como opcional a questão do celibato, acolhendo os muitos vocacionados que também querem se casar e ter família, fazem questão de manter, isso precisa acabar. Como muitos escondem sua homossexualidade atrás da batina, ainda acho difícil acontecer, porém preciso acreditar, e não perder a fé.

O segundo ponto, é a questão da fogueira da santa inquisição ser apagada de vez. Todos os pensadores da igreja atual, pessoas que de alguma forma pensam a frente da igreja ou simplesmente expõe uma ideia que pode balançar algum ponto de vista, logo a pessoa ou grupo é lançado fora. Como não podem mais queimar em praças públicas, então excomungam e ainda arrumam meios para que a pessoa não tenha mais credibilidade social. Com o avanço das tecnologias, isso esta se tornando uma missão impossível. Uma ideia percorre o mundo em segundos via internet.

Terceiro ponto é a punição dos padres pedófilos, abusadores, corruptos de vez. A igreja como mãe precisa abraçar seus filhos, porém abraçar não significa acobertar. Aqueles a quem surgirem denuncias, e a justiça declarar culpados, precisam ser imediatamente condenados, quero dizer, cadeia. Transferir de cidade não adianta absolutamente nada, apenas aumenta a impunidade.

Precisamos conversar, levar a comunidade para pensar sobre temas contemporâneos como o casamento entre pessoas do mesmo, ou ao menos o acolhimento.

É tão simples, de fato somos nós quem complicamos. A verdade é a saída para todos os problemas, a transparência é uma necessidade urgente e imediata. Precisamos entender que é falando, expondo, que chegaremos a um futuro melhor.

Os textos anteriores, assim como este, não tem o intuito apelativo de denegrir a igreja ou parte dela, apenas levantei questões que são necessárias e reais.

Lembro-me bem das aulas de história. Quando através de registros, víamos que a igreja apregoava que o sol era quem girava em torno da terra, ou até mesmo que a Terra não era redonda, mas de forma plana, a ponto de que se a humanidade pecasse, tombaríamos e cairíamos no inferno.

Enfim, essas historinhas não colam mais, a humanidade passa por uma fase onde precisa sentar e dialogar. Sem essa abertura será impossível o desenvolvimento moral da igreja. Fazendo com que ela fique novamente parada no tempo. A igreja errou no passado, matando cruelmente milhões de pessoas. E será que de forma indireta com sua passividade, também não está deixando outros milhões de filhos morrerem a mercê de informação?

Pois bem, precisamos pensar, observar e tirar nossas próprias conclusões. Isso é que é satisfatório, poder pensar, questionar. E pensando mais um pouco, QUANDO TEMOS FIRMEZA ACERCA DE UM POSICIONAMENTO, NÃO TEMEMOS QUESTIONAMENTOS, então será que se abrirmos hoje alguns assuntos, comprovaríamos que a igreja ainda insiste em pensamentos arcaicos e teria que assumir publicamente que mais uma vez errou?

Aos meus amigos que tem vocação, boa caminhada. Aos que não tem, sai da aba da igreja e vai trabalhar, vá capinar um lote, e pare de atrapalhar quem esta querendo trabalhar. E aqueles meus lindos irmãos que são homossexuais e estão aí dentro do armário da sacristia, saiba que, se a igreja te jogar no lixo devido a sua sexualidade, mesmo sendo fiel aos ensinamentos da igreja, e guardando a castidade, só por ser quem você é, Jesus nunca te jogará fora.

Vamos viver a liberdade, vamos viver a transparência e a honestidade. Assim poderemos acreditar que, assim como a igreja exerceu um trabalho importante para a humanidade no passado, atualmente ela ainda venha a servir para alguma coisa.

Aloísio Júnior, segunda-feira, 20 de abril de 2015

viva a diversidade, aloísio júnior, Joan_of_arc_burning_at_stake

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