Em 1971, período de euforia da bolsa brasileira, Jorge Paulo Lemann, um carioca formado em Harvard, campeão de tênis e praticante de pesca submarina, decidiu iniciar um novo negócio. Atraiu alguns sócios e colocou um anúncio no jornal: “Compra-se corretora.” Dias depois, Lemann começava a tocar o que foi o embrião de sua fortuna e de mais de duas centenas de pessoas. Seu nome: Garantia.
No início, ele tinha a seu favor a obstinação pelo trabalho e os exemplos de negócios que o impressionavam, como o banco Goldman Sachs e o grupo varejista Walmart. A partir deles, criou o “modelo Garantia”, baseado em uma filosofia que unia meritocracia, eficiência e a possibilidade de que os melhores funcionários se tornassem acionistas.
Foi um marco do capitalismo brasileiro, que serviu — e serve — de inspiração até hoje para diversas empresas. Com base nesse modelo, Jorge Paulo transformou em sócios dois de seus funcionários — Marcel Telles e Beto Sicupira — e formou um triunvirato sem paralelos na economia do país.