“A história da humanidade é a história da luta de classes.”
“Um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria.”
Friedrich Engels foi um teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo.
Ele foi coautor de diversas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista[1].
“O desenvolvimento político, jurídico, filosófico, religioso, literário, artístico, etc., repousa sobre o desenvolvimento econômico. Mas reagem todos igualmente uns sobre os outros, assim como sobre a base econômica.”

Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador.[2]
Grande companheiro de Karl Marx, escreveu livros de profunda análise social. Entre dezembro de 1847 a janeiro de 1848, junto com Marx, escreve o Manifesto do Partido Comunista, onde faz uma breve apresentação de uma nova concepção de história, afirmando que:[1]
“O movimento proletário é o movimento autônomo da imensa maioria no interesse da imensa maioria.” Engels com Karl Marx

Biografia
Principal colaborador de Karl Marx, Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da teoria comunista, a partir do materialismo histórico e dialético. Nasceu em 28 de novembro de 1820 e morreu em 5 de agosto de 1895. Era mais velho de nove filhos de um rico industrial de Barmen (Alemanha)[1].
Na juventude, fica impressionado com a miséria em que vivem os trabalhadores das fábricas de sua família. Fruto dessa indignação, Engels desenvolve um detalhado estudo sobre a situação da classe operária na Inglaterra. Em 1842, Engels de 22 anos de idade foi enviado por seus pais para Manchester, Inglaterra, para trabalhar para o Ermen e Engels Victoria Mill em Weaste que fazia linhas de costura.[3][4][5]
Quando estudante, adere a ideias de esquerda, o que o leva a aproximar-se de Marx. Assume por alguns anos a direção de uma das fábricas do pai em Manchester e suas observações nesse período formam a base de uma de suas obras principais: A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra, publicada em 1845.[6]
“As mais exploradas são as mães do nosso povo. Elas estão de mãos e pés amarrados pela dependência econômica. São forçadas a vender-se no mercado do casamento, como suas irmãs prostitutas no mercado público.”
Depois de uma estadia produtiva na Grã-Bretanha, Engels decidiu voltar para a Alemanha em 1844.
No caminho, ele parou em Paris para atender Karl Marx, com quem teve uma correspondência anterior.[2]
Marx estava morando em Paris desde o final de outubro 1843 na sequência da proibição da Gazeta Renana pelas autoridades prussianas governamentais em março de 1843.[7]
Muitos de seus trabalhos posteriores são produzidos em colaboração com Marx, o mais famoso deles é o Manifesto Comunista (1848). Escreveu sozinho, porém, algumas das obras mais importantes para o desenvolvimento do marxismo, como Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Clássica Alemã, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico e A origem da família, da propriedade privada e do Estado.[2]
“Os que no regime burguês trabalham não lucram e os que lucram não trabalham.” Engels com Karl Marx
Engels acreditava que o cristianismo seria a religião dos pobres e oprimidos e chegou a estabelecer um paralelo entre o cristianismo primitivo e o socialismo de sua época.
No seu estudo sobre a guerra dos camponeses na Alemanha, identifica Thomas Munzer, teólogo e líder dos camponeses revolucionários heréticos do século XVI, como alguém que lutou pelo estabelecimento imediato e concreto do “Reino de Deus“, o reino milenarista dos profetas. Segundo Engels, o “Reino de Deus” seria para Munzer uma sociedade sem diferenças de classe e sem propriedade privada. Desse modo, Engels revelou o potencial contestatário da religião e abriu o caminho para uma nova abordagem das relações entre religião e sociedade[8].
Engels morreu de câncer na garganta em Londres, 1895[9]. Após a cremação no Crematório Woking, suas cinzas foram espalhadas em Beachy Head, perto de Eastbourne como ele tinha pedido.[9][10][11]
“Segundo a concepção materialista da história, o fator determinante na história é, em última instância, a produção e a reprodução da vida real.”

Principais obras
- A sagrada família – em parceria com Karl Marx – (1844); (No Brasil: Boitempo Editorial, 2003)
- A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra – (1845); (No Brasil: Boitempo Editorial, 2008)
- A Ideologia Alemã – em parceria com Marx – (1846); (No Brasil: Boitempo Editorial, 2007)
- Princípios Básicos do Comunismo – (Novembro de 1847);
- O Manifesto Comunista – em parceria com Marx – (1848); (No Brasil: Boitempo Editorial, 1998)
- Marx e o jornal “Nova Gazeta Renana“ – (1848–1849);
- As Guerras Camponesas na Alemanha– (1850);
- Carta a Marx – (21 de agosto de 1851);
- Revolução e Contra-Revolução na Alemanha – (Setembro de 1852);
- O Recente Julgamento em Colónia – (29 de Novembro de 1852);
- Resenha do Primeiro Volume de “O Capital” para o Demokratisches Wochenblatt – (13 de Março de 1868);
- Nota Prévia a “A Guerra dos Camponeses Alemães“ – (11 de fevereiro de 1870);
- Discurso Sobre a Acção Política da Classe Operária (Pronunciado na Conferência de Londres) – em parceria com Marx – (21 de Setembrode 1871);
- As Pretensas Cisões na Internacional (Circular Privada do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores) – em parceria com Marx – (05 de março de 1872);
- Das Resoluções do Congresso Geral Realizado na Haia – em parceria com Marx – (2 a 7 de Setembro de 1872);
- Sobre a questão da moradia – (Janeiro de 1873); (No Brasil: Boitempo Editorial, 2015)
- Os bakuninistas em ação: Memória do levante na Espanha no verão de 1873– (1873);
- Advertência preliminar ao artigo – Os bakuninistas em ação – (1874);
- Carta a August Bebel – (28 de Marçode 1875);
- Do Social na Rússia – (21 de Abril de 1875);
- O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem – (1876[12]);
- Anti-Dühring – (1878);
- A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado – (1a. Edição: 1884; 4a. Edição Revisada: 1892)[13];
- Para a História da Liga dos Comunistas – (1885);
- Prefácio ao Segundo Volume de «O Capital» de Marx– (05 de Maio de 1885);
- O Socialismo Jurídico – (1887); (No Brasil: Boitempo Editorial, 2012)
- Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Clássica Alemã – (1888);
- O Papel da Violência na História – (1888);
- Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico – (1890);
- Carta a Karl Kautsky – (23 de fevereiro de 1891);
- Carta a Konrad Schmidt – (5 de agosto de 1890);
- Carta a Otto von Boenigk – (21 de agosto de 1890);
- Carta a José Bloch – (21 de setembrode 1890);
- Carta a Konrad Schmidt – (27 de outubro de 1890);
- Para a Crítica do Projecto de Programa Social-Democrata de 1891 – (1891);
- Prefácio à Edição Inglesa de 1892 de “A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra” – (1892);
- Carta a Nikolai Frantsevich Danielson – (24 de fevereiro de 1893);
- Carta a Franz Mehring – (14 de julhode 1893);
- Carta a Nikolai Frantsevich Danielson – (17 de outubro de 1893);
- Carta a W. Borgius – (25 de janeiro de 1894);
- A Futura Revolução Italiana e o Partido Socialista – (1894);
- A Questão Camponesa em França e na Alemanha – (1894).
- Lutas de classe na Alemanha – em parceria com Karl Marx; (No Brasil: Boitempo Editorial, 2010)
- Lutas de classe na Rússia – em parceria com Karl Marx; (No Brasil: Boitempo Editorial, 2013)
Fonte das Citações: Wikiquote
Fontes Biográficas: Wikiwand
Friedrich Engels |
|
|---|---|
| Nome completo | Friedrich Engels |
| Nascimento | 28 de novembro de 1820 Barmen, |
PrússiaMorte5 de agosto de 1895 (74 anos)
Londres, Inglaterra
Reino UnidoNacionalidade
AlemãoOcupaçãoFilósofoInfluências
Influenciados
Marx, Lênin, Kautsky, Trotsky, Mao, Escola de Frankfurt, Rosa Luxemburgo, Sartre, Guevara, Lukács e outros…
Escola/tradiçãoMarxismo (cofundador, junto com Marx)Principais interessesFilosofia política, Política, Economia, Luta de Classes, EvolucionismoIdeias notáveis



